segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brasil já fabrica mais de 2 milhões de embalagens recicladas para agrotóxicos

A Ecoplástica Triex é a única no mundo feita com 80% de resina reciclada dos próprios galões de defensivos agrícolas 

Divulgação/Campo Limpo
Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos
Há onze anos, quando o governo estabeleceu a legislação que determinava o recolhimento e destinação final das embalagens de agrotóxicos pelos fabricantes (Lei 9.974/00), as empresas do segmento não sabiam muito bem o que fazer com os envases que retornariam do campo. No entanto, em 2008, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (impEV) criou a Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos, empresa que deveria propor soluções para fechar o ciclo de gestão das embalagens dentro da própria cadeia de produção.

Foi com esse objetivo que a empresa desenvolveu uma embalagem produzida a partir da reciclagem dos galões de defensivos agrícolas feitos de plástico rígido. “A Ecoplástica Triex é a única embalagem de agrotóxicos do mundo feita com 80% de material reciclado”, afirma João Cesar Rando, presidente da Campo Limpo. A empresa espera fechar 2011 com a produção de 2 milhões de embalagens de 20 litros.

Como explica Rando, o que, a princípio, era um problema para o setor, transformou-se em mais uma forma de ganhar dinheiro. “Conseguimos encontrar uma forma de dar destinação ambientalmente correta às embalagens e ainda capturar valor dentro da cadeia”, explica. A cada 100 embalagens Ecoplástica de 20 litros produzidas, evita-se a emissão de 3,6 quilos de CO2 equivalente na atmosfera. Hoje, a empresa confecciona envases de 5 e 20 litros.
Divulgação/Campo Limpo
Reciclagem e produção da embalagem Ecoplástica Triex
A Ecoplástica Triex foi a primeira embalagem reciclada a receber a certificação UN, das Nações Unidas, o que garante que ela passou por testes rigorosos de resistência, pressão e empilhamento. “A embalagem é feita com três camadas: a primeira e a última confeccionadas com 15% e 5%, respectivamente, de resina virgem (RPC), e a intermediária construída com 80% de resina reciclada”, explica Rando.

Uma das primeiras empresas do ramo de defensivos agrícolas a substituir os galões de herbicidas pela Ecoplástica Triex foi a Monsanto. “A embalagem já está sendo usada em 30% do volume de produção envasada em recipientes de 20 litros”, afirmou Leonardo Mattos, gerente-geral da unidade de São José dos Campos. Também já aderiram à embalagem reciclada empresas como Syngenta, FMC e Ihara

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