quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SABE AQUELA GARRAFA PET?! POIS É!

















terça-feira, 29 de novembro de 2011

Plantio define produtividade do milho safrinha

Sementes plantadas o mais cedo possível dentro do período indicado garantem produção de até 130 sacos por hectare 
Em época de milho safrinha, é importante que alguns cuidados de manejo sejam postos em prática. Eles podem garantir a sanidade da plantação e a produtividade esperada. Uma das principais medidas que deve ter atenção do produtor é o plantio na época adequada. Ele deve ser feito o mais cedo possível dentro do período indicado, o que garante a produtividade de até 130 sacos por hectare. Segundo José Carlos Cruz, pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, por ser um milho plantado fora da época normal, há grande possibilidade de produtores de milho safrinha encontrarem problemas de falta de água.

— O produtor deve evitar os solos mais arenosos. Na realidade, o planejamento de plantio de milho safrinha começa quando o produtor está plantando, por exemplo, a soja no verão. Os produtores que pretendem plantar milho safrinha, devem adquirir cultivares de soja com ciclo de aproximadamente 110 dias e plantá-la no período adequado para conseguir um plantio de milho safrinha no mês de fevereiro — explica o pesquisador.

De acordo com ele, todas as medidas que servirem para aumentar a disponibilidade de água no solo devem ser feitas. A partir daí, o produtor deve ter cuidado com o tipo de solo e utilizar o plantio direto.

— Quanto ao espaçamento, não há nenhuma modificação, o que traz ao produtor a vantagem da praticidade. O único ajuste a ser feito é na densidade do plantio. Normalmente, ela é 20% menor do que a utilizada na safra. Já com relação à adubação, como a perspectiva de produtividade é menor, a quantidade de adubo aplicado também é menor — conta.

Quando o assunto são as pragas, os cuidados são os mesmos. Cruz diz que no caso do milho, hoje, a semente transgênica é 60% mais usada que a semente convencional. Com isso, a lagarta, uma das principais pragas da cultura, deixou de ser um problema. No entanto, o produtor precisa fazer um monitoramento da lavoura porque existem ainda outras pragas secundárias de relativa seriedade.

—Mesmo plantando sementes transgênicas, o agricultor precisa fazer o tratamento delas. Ele deve verificar qual praga é mais comum em sua região para realizar o tratamento adequado — orienta.

Ainda segundo o entrevistado, na safrinha, a maior preocupação é o plantio, que deve ser feito o mais cedo possível dentro da época recomendada. Ele conta que os produtores que plantam na época recomendada têm atingido uma produção de até 130 sacos de milho por hectare.

— Percebe-se que o produtor está bem profissionalizado. No entanto, deve procurar assistência de profissionais especializados — conclui.

Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Milho e Sorgo através do número (31) 3027-1100.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Biodigestor faz produtor rural economizar

Utilizando dejetos suínos, técnica produz metano, que pode ser utilizado na propriedade como combustível
Muito difundida na China e na Índia, a tecnologia de utilização de biodigestores é capaz de beneficiar o produtor rural, além de contribuir para a conservação ambiental. O biodigestor oferece o destino correto para os dejetos animais, produzindo o chamado biofertilizante e melhorando a produção agrícola. Além disso, a técnica produz o biogás, que pode aumentar a economia na propriedade e reduzir os impactos ambientais. No Brasil, já existem experimentos do tipo, como é o caso do Projeto Boa Esperança, realizado pela Embrapa Meio Norte em uma propriedade rural no Piauí, que visa exatamente apresentar essa técnica aos produtores. Nesse caso, o projeto utiliza dejetos suínos.

Segundo Robério Sobreira, zootecnista da Embrapa Meio Norte, a experiência realizada pela empresa tem algumas particularidades. Ela é voltada para o agricultor familiar de baixa renda e a pequena criação de suínos.

— Onde foi instalado, o agricultor conta com um plantel que varia entre 4 a 6 matrizes. Todos os dejetos estavam sendo carreados para um riacho que corta a comunidade. O uso do biodigestor atendeu, portanto, a duas situações. Ele recebeu esses dejetos da pequena criação de suínos por um processo de fermentação anaeróbica, onde grande parte dos microorganismos são destruídos — conta o zootecnista.

De acordo com ele, quando o processo de entrada de fezes e urina de suínos acontece no biodigestor, o material originado é o chamado biofertilizante. O produtor passa a contar então com um valioso produto para a adubação das suas lavouras.

— Além disso, esse processo forma gases, predominantemente o metano. Portanto, entre os gases produzidos, aproximadamente 70% é um gás com capacidade combustível. O produtor pode, portanto, utilizar esse gás em um próprio fogão de cozinha com apenas alguns ajustes, como o que aconteceu na propriedade — conta.

Sobreira diz que a ideia é trabalhar com 40kg de dejetos de suínos por dia. Isso é capaz de fornecer 2m³ de gás metano. No entanto, as principais metas desse trabalho são a utilização do gás, o que gera economia para o agricultor familiar, e a não contaminação do ambiente com os dejetos.

O projeto ainda está em fase de apresentação. No entanto, para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Meio Norte através do número (86) 3089-9100.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Camomila é calmante e digestiva

Apesar dos benefícios que traz à saúde, a planta ainda é pouco cultivada no Brasil


Trabalhos de seleção genética realizados em todo o mundo resultaram em variedades de alto rendimento da camomila (Matricaria chamomilla), cultura que ainda teve a seu favor a introdução da colheita mecanizada. O aumento da produtividade levou a erva a ganhar mais espaço.No Brasil, a camomila é a planta medicinal mais cultivada.

O plantio de camomila por aqui, no entanto, ainda é pequeno. A principal região produtora está localizada no entorno das cidades paranaenses de Mandirituba e São José dos Pinhais, onde mudas foram introduzidas por imigrantes poloneses e italianos. Naquela região, são manejados de 500 a 700 hectares por uma média de 80 a 100 agricultores, que produzem entre 450 e 500 quilos de flores secas por hectare.

O pequeno número de produtores no país restringe a disponibilidade de sementes selecionadas no mercado, dificultando a expansão do cultivo. A escassez da matéria-prima traz uma oportunidade para quem planeja fazer da atividade uma fonte de renda, inclusive com a produção de sementes.

Da camomila pode-se fazer chá calmante e digestivo com benefícios para consumidores de todas as idades. Seu efeito contribui para aliviar desde cólicas em bebês até o estresse provocado nas pessoas pela vida agitada. Ainda contém propriedades que fornecem ação anti-inflamatória e antisséptica. O chá também serve para realçar o tom dourado de cabelos louros. Em compressas, suaviza olheiras e inchaço dos olhos. Na indústria de cosméticos, o óleo essencial da camomila, chamado azuleno, é ingrediente ativo de vários produtos.

Composta de miúdas e levemente perfumadas flores de cor branca com miolo amarelo, a camomila pode ser usada como ornamentação. Semelhantes a margaridas em miniaturas, enfeita ambientes quando dispotas em canteiros ou vasos. Planta anual herbácea e muito ramificada, a camomila pode alcançar até 60 centímetros de altura. Embora seja resistente a pragas e doenças, necessita de cuidados no plantio. A gradagem pré-semeadura, por exemplo, ajuda a controlar a incidência de ervas invasoras na área do cultivo.
Fonte:Globo Rural On-line - João Mathias | Pedro Melilo de Magalhães

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Brasil já fabrica mais de 2 milhões de embalagens recicladas para agrotóxicos

A Ecoplástica Triex é a única no mundo feita com 80% de resina reciclada dos próprios galões de defensivos agrícolas 

Divulgação/Campo Limpo
Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos
Há onze anos, quando o governo estabeleceu a legislação que determinava o recolhimento e destinação final das embalagens de agrotóxicos pelos fabricantes (Lei 9.974/00), as empresas do segmento não sabiam muito bem o que fazer com os envases que retornariam do campo. No entanto, em 2008, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (impEV) criou a Campo Limpo Reciclagem & Transformação de Plásticos, empresa que deveria propor soluções para fechar o ciclo de gestão das embalagens dentro da própria cadeia de produção.

Foi com esse objetivo que a empresa desenvolveu uma embalagem produzida a partir da reciclagem dos galões de defensivos agrícolas feitos de plástico rígido. “A Ecoplástica Triex é a única embalagem de agrotóxicos do mundo feita com 80% de material reciclado”, afirma João Cesar Rando, presidente da Campo Limpo. A empresa espera fechar 2011 com a produção de 2 milhões de embalagens de 20 litros.

Como explica Rando, o que, a princípio, era um problema para o setor, transformou-se em mais uma forma de ganhar dinheiro. “Conseguimos encontrar uma forma de dar destinação ambientalmente correta às embalagens e ainda capturar valor dentro da cadeia”, explica. A cada 100 embalagens Ecoplástica de 20 litros produzidas, evita-se a emissão de 3,6 quilos de CO2 equivalente na atmosfera. Hoje, a empresa confecciona envases de 5 e 20 litros.
Divulgação/Campo Limpo
Reciclagem e produção da embalagem Ecoplástica Triex
A Ecoplástica Triex foi a primeira embalagem reciclada a receber a certificação UN, das Nações Unidas, o que garante que ela passou por testes rigorosos de resistência, pressão e empilhamento. “A embalagem é feita com três camadas: a primeira e a última confeccionadas com 15% e 5%, respectivamente, de resina virgem (RPC), e a intermediária construída com 80% de resina reciclada”, explica Rando.

Uma das primeiras empresas do ramo de defensivos agrícolas a substituir os galões de herbicidas pela Ecoplástica Triex foi a Monsanto. “A embalagem já está sendo usada em 30% do volume de produção envasada em recipientes de 20 litros”, afirmou Leonardo Mattos, gerente-geral da unidade de São José dos Campos. Também já aderiram à embalagem reciclada empresas como Syngenta, FMC e Ihara

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Monitoramento verifica agrotóxicos em vegetais

Globo Rural On-line - Da Redação
Arroz, batata, café, feijão e tomate apresentaram índice 100% dentro dos padrões
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou nesta quarta-feira (16/11), o resultado do Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal, que monitorou a quantidade de resíduos de agrotóxicos e de contaminantes em 23 produtos de origem vegetal na safra 2010/2011.

Foram avaliadas as culturas de arroz, batata, café, feijão e tomate e 100% apresentaram resultados dentro dos padrões. O trabalho de monitoramento também mostrou alto índice de conformidade em maçãs (99,13%), mamão (97,57%) e milho (96,15%). Banana, limão/lima, manga, melão e uva, ficaram acima de 90% de conformidade.

Pimentão, morango, abacaxi, alface, amendoim, castanha-do-brasil (Bertholletia excelsa), laranja, pimenta-do-reino, soja e trigo são os demais produtos que fazem parte do estudo. No caso dos grãos, a análise também monitora a substância aflatoxina, causada por fungos e favorecida pelo excesso de umidade. Arroz, feijão e milho não tiveram amostras fora do padrão.

O Plano Nacional de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal existe desde 2009. O resultado é usado como base para a tomada de ações pelo governo federal e pelos governos estaduais para corrigir as não-conformidades por meio de ações fiscais e de educação para o uso correto dos agrotóxicos. A Instrução Normativa N. º 25/2011 que contém o planejamento das coletas de produtos para a safra 2011/2012 foi publicada em agosto e prevê que sejam recolhidas 2.160 amostras, envolvendo 21 estados brasileiros.

Confira o resultado completo do estudo na
Instrução Normativa Nº 40.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Biomas brasileiros

O IBAMA/MMA, juntamente com a organização não-governamental WWF Brasil, a partir de 1998, desenvolveram os estudos de representatividade ecológica para os ecossistemas brasileiros. O estudo já apontou a existência de 49 ecorregiões e concluiu que, o Brasil – ao se considerar as unidades de conservação de proteção integral federais–, além de ser um dos países com a menor porcentagem de áreas especialmente protegidas, apenas 1,99%, tem esta rede mal distribuída entre seus biomas. Dentre outras conclusões, o estudo demonstrou que o Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, é um dos mais ameaçados do mundo e tem somente 0,85% de sua área em unidades de conservação. O bioma Mata Atlântica, o mais ameaçado de todos, com apenas 73% da sua cobertura original, tem 0,69% de áreas especialmente protegidas. O bioma Caatinga possui, também, apenas 0,65% conservado por unidades de conservação.
O Brasil é o país de maior biodiversidade do Planeta. Foi o primeiro signatário da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), e é considerado megabiodiverso – país que reúne ao menos 70% das espécies vegetais e animais do Planeta –, pela Conservation International (CI).
A biodiversidade pode ser qualificada pela diversidade em ecossistemas, em espécies biológicas, emendemismos e em patrimônio genético.
Devido a sua dimensão continental e à grande variação geomorfológica e climática, o Brasil abriga sete biomas, 49 ecorregiões, já classificadas, e incalculáveis ecossistemas.
A biota terrestre possui a flora mais rica do mundo, com até 56.000 espécies de plantas superiores, já descritas; acima de 3.000 espécies de peixes de água doce; 517 espécies de anfíbios; 1.677 espécies de aves; e 518 espécies de mamíferos; pode ter até 10 milhões de insetos.
É preciso lembrar que abriga, também, a maior rede hidrográfica existente e uma riquíssima diversidade sociocultural.
Os estudos de representatividade ecológica levam em consideração diversos elementos tais como, riqueza biológica, vegetação, biogeografia, distribuição de áreas protegidas e antropismo.
Os estudos de representatividade têm por objetivo verificar como os diversos ecossistemas – biomas, ecorregiões e biorregiões – estão sendo representados por meio de ações conservacionistas como áreas protegidas, corredores ecológicos, projetos de preservação de espécies etc. Obtém-se, assim, uma identificação e análise de lacunas, que deverão ser consideradas na definição de prioridades de conservação.
Os métodos de identificação de ecorregiões, análise de lacunas, gestão biorregional e ecorregional, estão sendo empregados pelas principais instituições conservacionistas mundiais, o que resulta na padronização de procedimentos e eficiência nas ações.
Entende-se por ecorregião um conjunto de comunidades naturais, geograficamente distintas, que compartilham a maioria das suas espécies, dinâmicas e processos ecológicos, e condições ambientais similares, que são fatores críticos para a manutenção de sua viabilidade a longo prazo (Dinnerstein,1995)

sábado, 12 de novembro de 2011

A cerca pode fazer diferença na recomposição de áreas de conservação, dizem cientistas, agrônomos e ambientalistas

Especialistas em meio ambiente, em produção agrícola e cientistas são unânimes: com tecnologia, manejo adequado e crédito, é possível equilibrar a produção de alimentos e a conservação ambiental, inclusive com a reparação dos passivos exigida no Código Florestal. Este é o tema central do artigo produzido a várias mãos por algumas das mais importantes consultorias de agro do País, como o Instituto de Estudos do Comércio e Negociações Internacionais – ICONE, Scot e Bürgi Consultoria, e ONGs ambientalistas de renome internacional, como a WWF, a The Nature Conservancy (TNC) e a Solidariedad Network Brasil, junto com a Associação dos Profissionais de Pecuária Sustentável. O artigo, que inaugura a seção Agro e Eco da RedeAgro (www.redeagro.org.br), trata da importância de uma solução simples e tradicional, o cercamento de áreas na propriedade rural, para uma necessidade prioritária do campo na atualidade, o cumprimento do Código Florestal Brasileiro, que está em vias de votação no Senado. A RedeAgro é uma iniciativa de associações, empresas, entidades e ONGs que estudam e promovem a atividade agrícola brasileira, e é coordenada pelo ICONE.

De acordo com o texto, que tem entre seus autores o professor Gerd Sparovek, que atua na área de conservação do solo e planejamento do uso da terra na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), rever a estratégia de manejo das pastagens pode garantir mais eficiência nas fazendas e ainda tornar possível a recomposição de Áreas de Preservação Permanente (APP), Reservas Legais (RL) e até mesmo a compensação dessas áreas fora da propriedade, com ganhos financeiros e ambientais para o produtor, pela melhoria nos procedimentos de manejo e diversificação de atividade econômica. Segundo as entidades que assinam o artigo, cerca de 80% dos passivos em APPs ocorrem sobre pastagens. Estas, por sua vez, equivalem a 77% das terras em uso pela agropecuária no Brasil, e garantem o posicionamento do país como o primeiro produtor e exportador mundial de carnes.
Os especialistas defendem que, para recompor áreas de florestas em pastagens situadas na Mata Atlântica, no Cerrado e na Floresta Amazônica, tudo o que se precisa é deixar de fazer nelas qualquer tipo de roçagem, química ou mecânica, cercá-las e, em um primeiro momento, colocar nelas o gado bovino.  Este comeria o capim tenro, deixando de lado a vegetação mais dura (lenhosa) da mata em restauração, que cresceria sem a competição voraz do capim. Com o crescimento dos arbustos e árvores típicos do bioma, o conseqüente sombreamento do pasto acabaria com o capim. Neste momento, sai de cena o gado, e tem-se uma área de conservação.
O problema, explica André Nassar, coordenador da RedeAgro, é que cercar áreas representa altos custos para o produtor. “A cerca elétrica não sai por menos de R$ 2,6 mil o quilômetro, e a fixa pode chegar a R$ 7 mil por quilômetro. A manutenção fica mais cara também, mais gente e material para aceiros e consertos”, diz Nassar.  Embora o resultante ganho de produtividade nas fazendas ajude a pagar em parte esta conta, os consultores alertam para a necessidade de disponibilização de crédito para este fim, preferencialmente, fácil e sem burocracia.
“Mais do que nunca, devemos pensar em soluções para o campo, de maneira a equilibrar o Agro e o Eco. Somos sete bilhões de pessoas no mundo, precisamos de alimentos e de fibras têxteis, mas não podemos descuidar dos nossos recursos naturais. Para produzir mais, utilizando áreas menores, e menos recursos, como a água, são necessários tecnologia e manejo eficiente. Isso tem custo”, diz o coordenador.
 
 
Fonte: RedeAgro

sábado, 5 de novembro de 2011

O Pantanal brasileiro está ameaçado de desaparecer por completo até 2050

Diz a organização alemã Global Nature Fund, que critica o crescimento da monocultura e a construção de usinas na região. Segundo a ONG alemã o crescimento da área plantada com soja e cana-de-açúcar é uma ameaça eminente à existência do Pantanal, que, de acordo com suas previsões, poderá desaparecer em menos de cinco décadas.

O Global Nature Fund (GNF) criticou duramente o governo de Mato Grosso do Sul, que permitiu a construção de usinas para a produção de etanol na região.Segundo Marion Hammerl, presidente do GNF, a produção intensiva de soja e etanol "deve ser proibida" na região, já que contribuem para a destruição do ecossistema através do uso de pesticidas e da poluição dos rios.A instituição declarou o Pantanal como a "região úmida em perigo de 2007", um título que é dado todo ano a uma área ameaçada.Entre as regiões que já receberam esse título no passado estão o lago Vitória, na África, e o lago Chapala, no México.Patrimônio naturalPor causa de sua flora e fauna exuberantes o Pantanal foi considerado Reserva da Biosfera Mundial e Patrimônio Natural da Humanidade pela Unesco no ano de 2000.Em dezembro de 2005 a ministra do Meio Ambiente Marina Silva assinou um ato para a constituição do Conselho Gestor da Reserva da Biosfera do Pantanal, que elabora e monitora o plano de ação da reserva. No entanto, ambientalistas dizem que até agora pouco foi feito para preservar a área.Eles criticam também o cancelamento de um contrato do governo com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) que previa investimentos na preservação do Pantanal. 
 
Fonte: BBC Brasil

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Gás metano é transformado em energia elétrica em aterros sanitários

Em 2005, um grupo de pesquisa do Centro Nacional de Referência em Biomassa (Cenbio), do Instituto de Eletrotécnica e Energia da USP (Universidade de São Paulo) enviou uma proposta ao Ministério de Minas e Energia para testar a capacidade de produção de energia elétrica a partir do lixo. No ano seguinte, eles deram início ao projeto buscando um aterro onde já houvesse o processo de captação de biogás, ou seja, tubulações perfuradas capazes de captar o gás metano emitido pelo lixo. A equipe acbou escolhendo o aterro da cidade de Caieiras, para fazer a pesquisa.
Globo Universidade: Energia do lixo (Foto: Divulgação)
Vista aérea do aterro sanitário de Caieiras
(Foto: Divulgação)
O aterro possui mais ou menos 50 metros de altura. Conforme ele vai crescendo, a tubulação que capta o gás metano tem que ir acompanhando sua altura. Há diversos pontos de captação, todos individuais, que são ligados a uma única tubulação transportadora de gás. Esta é ligada a um equipamento que aspira o metano vindo do aterro. O gás captado é direcionado para ser queimado em um aparelho chamado flare,um cilindro que queima o biogás e transforma o metano em dióxido de carbono (CO2). Isto porque o metano é vinte e uma vezes mais prejudicial ao meio ambiente que o CO2.
Pesquisadora do Cenbio, Vanessa Pécora Garcilasso explica porque o Aterro Caieiras foi escolhido para abrigar a pesquisa. “Nem todos os aterros tinham esse procedimento. A maioria dos aterros tinha apenas drenos individuais feitos com tubulação de concreto. Além disso, a eficiência de queima também era muito menor. Para a transformação acontecer com bom aproveitamento, a temperatura do gás tem que ser controlada pelo flare. Na maioria dos aterros o índice de transformação era de 20% apenas. Atualmente, no Aterro Caieiras 99% do gás transformado é aproveitado”, explica Vanessa.
O grupo implantou um sistema de 200 kw de potência, em caráter demonstrativo. Como o objetivo era fazer um estudo da tecnologia nacional, eles compraram o motor de maior potência fabricado no Brasil, disponível na época, e fizeram uma derivação da tubulação para alimentar o motor. O biogás entra como combustível e transforma a energia mecânica em energia elétrica acionando um gerador.
“A princípio, como a gente não sabia como utilizar a energia, pensamos em oferecer para a rede da cidade. Mas a quantidade era pouca. Depois, pensamos em utilizar para o consumo do próprio aterro. No entanto, fazer esta ligação de energia demandaria um custo alto e muito tempo. Por isso, resolvemos conectar a um dos sopradores, que tem a função de aspirar o biogás do aterro. Então, o que temos é o gasto de energia com o equipamento anulado” conta Vanessa.
O projeto foi encerrado em dezembro de 2009. Após o término, a equipe do Cenbio treinou os trabalhadores do aterro para operar o sistema. E, embora os resultados finais ainda estejam em análise, a equipe acredita que teve uma resposta positiva. “Apesar do alto investimento de um processo de captação, que demandou aquisição de equipamento, nós temos um tempo de retorno curto. Entre 3 e 5 anos conseguimos ter um resultado. A finalidade da pesquisa foi demonstrar que é possível utilizar a energia do lixo e nós conseguimos. Fica comprovado que os aterros localizados nos interiores dos estados brasileiros podem, sim, investir nesses sistemas, que eles terão retorno”, finaliza Vanessa.