quinta-feira, 24 de maio de 2012

O veto à comunicação desonesta no Brasil

Informações erradas sobre o Código Florestal encontram eco na parte desinformada e incendiária da imprensa e tem rápida adesão das redes sociais
Na Câmara dos Deputados em 16 de maio foi realizada mais uma audiência para discutir o recém-aprovado Código Florestal, que impactará nas atividades agrícolas. Deputados, jornalistas e interessados lotaram o auditório. O evento teve detalhada explanação do relator, mostrando as mudanças do novo aparato institucional que visa contribuir ao avanço ambiental no Brasil.
Segue-se uma apresentação do agro como o principal negócio da sociedade brasileira e abre-se aos debates, em mais um exercício de democracia. Ao final de quase 5 horas, são evidentes os ganhos na compreensão dos presentes, e aparecem mais convergências do que divergências, mostrando consenso.
O Código foi debatido por anos pela sociedade, em audiências por todo o País e foi aprovado democraticamente no Senado e na Câmara. Este artigo chama a atenção para algo que será cada vez mais frequente e para o qual o agro deve estar melhor preparado: a perigosa inovação na batalha de comunicação, liderada por ONG’s internacionais e nacionais, que encontram eco na parte desinformada e incendiária da imprensa e tem rápida adesão das mídias digitais e redes sociais.
Esta inovadora ação, encontrando eco na população desinformada, pois não dedicou tempo para estudar o Código, foi muito hábil para oportunisticamente colar o Código e a agricultura ao aumento do desmatamento, à motosserra, à destruição da Amazônia, secas, enchentes, desmoronamentos, aquecimento global e outros flagelos, cuja ciência leva tempo para desmistificar, mas desmistifica.
Destruição de árvores e matas são imagens sensíveis a todos os seres humanos e a campanha ganhou rapidamente conotação internacional, tendo ainda a sorte de ter a conferência Rio+20 como fato de pressão. Nota dez para a inovadora campanha, nota zero para o conhecimento, para a leitura e para a ética.
Associar a agricultura e o desenvolvimento do agro à destruição de matas foi uma deplorável mas vencedora estratégia, que maculou a imagem nacional e internacional do principal setor econômico do país, responsável por US$ 100 bilhões em exportações. O Código Florestal é similar a um processo de planejamento para uma organização.
Após ampla discussão, o processo termina, aprova-se e coloca-se em marcha. Agora é sancionar, implementar e iniciar os debates para corrigir e continuamente aprimorar. Aos que aderiram à inovadora campanha “Veta Dilma” na empolgação das mídias sociais, opiniões de artistas, intelectuais, empresários e ONG’s, fica o aprendizado de sempre ler, estudar e perguntar sobre o assunto a quem é do ramo, antes de aderir à onda, para depois não se arrepender do ímpeto.
Ver a vergonha que hoje passam os apocalípticos do aquecimento global. Deve-se vetar os que desrespeitam quem acorda cedo e enfrenta todas as adversidades para plantar, produzir, industrializar e colocar comida boa e barata nas mesas dos brasileiros e que financiam, com os alimentos exportados para as mesas estrangeiras, as importações dos equipamento digitais usados na campanha. O agro não precisa derrubar uma árvore sequer para triplicar a produção de alimentos.

Fonte:SouAgro,por Marcos Fava Neves .

Os Cinco pontos polêmicos do novo Código Florestal


segunda-feira, 21 de maio de 2012

SUATAIN AGRO

Iniciativa

O SustainAGRO é um movimento formado por organizações de diversos países que atuam na promoção e no desenvolvimento da agropecuária. A parceria tem como objetivo promover a importância das práticas sustentáveis no setor e sua indispensável contribuição para o desenvolvimento da economia verde.
Uma vez que entendemos que a agricultura é uma atividade-chave para atingir metas de sustentabilidade, a iniciativa SustainAGRO foi concebida para colocar o setor primário como protagonista dos debates no âmbito da Rio+20, que será realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 13 e 22 de junho de 2012. O evento aprofundará seus debates em dois temais centrais: a economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza, e estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável.
A agropecuária adota práticas sustentáveis de produção, oferece oportunidades de trabalho digno e supre as necessidades alimentares de uma população crescente, graças a constantes ganhos de produtividade, com menos expansão das fronteiras agrícolas.
O SustainAGRO pretende que, no momento em que novos conceitos são discutidos e propostos, as demonstrações de eficiência, inovação e preocupação com a saúde humana, animal e com a biodiversidade sejam lembradas como exemplos de práticas bem-sucedidas que façam parte da solução para os problemas apontados na Rio+20.

Mais informações: http://sustainagro.org/ 

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Embraer fatura R$ 5 mi com avião a etanol em feira agrícola

O mercado agrícola vai de vento em popa para a brasileira Embraer, que fabrica o avião pulverizador Ipanema movido a etanol. Na última semana, a empresa fechou negócios totalizando mais de R$ 5 milhões durante a feira de tecnologia agrícola Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).
"Vendemos sete aviões Ipanema na Agrishow 2012 e superamos a marca do ano anterior, quando fechamos seis negócios", diz Fabio Bertoldi Carretto, Gerente Comercial da Embraer para o modelo. O Ipanema é movido a etanol.
 
Os negócios incluem clientes atuais que decidiram expandir suas frotas e novos clientes. Cada unidade custa entre R$ 700 mil e R$ 800 mil, dependendo dos equipamentos incluídos.
O avião é empregado principalmente na pulverização de defensivos agrícolas, mas também pode ser utilizada no combate a incêndios, povoamento de rios (com peixes) e combate a transmissores de doenças (como mosquitos) e larvas.

Vendas do Ipanema aumentaram 45% em 2011

Em 2011, foram vendidos 58 Ipanema no Brasil e Mercosul, um aumento de 45% em relação ao ano anterior. A expectativa da Embraer para 2012 é ultrapassar a marca do ano passado.
O Ipanema é fabricado há mais de 40 anos, segundo a Embraer, e atingiu a marca de 1.200 unidades entregues em janeiro.
Segundo a empresa, trata-se do primeiro avião produzido em série no mundo a sair de fábrica certificado para voar com etanol, o mesmo combustível usado nos automóveis.
A versão da aeronave movida a etanol começou a ser produzida em 2005 e hoje representa aproximadamente 25% da frota em operação.
O Ipanema é produzido pela Neiva, subsidiária da Embraer localizada em Botucatu (SP) e que também fabrica componentes e subconjuntos para os jatos regionais Embraer da família 145, 170/190, Phenom, e para a linha de aviões militares.
"A reação dos produtores rurais (na Agrishow) é bem positiva e a nossa expectativa é bastante interessante, uma oportunidade de estarmos perto dos clientes e mostrar o produto", diz o gerente comercial da Embraer, Fábio Bertoldi Carretto.

Carretto afirma que a empresa tenta, na feira, mostrar aos produtores a vantagem de um avião "ecologicamente correto". Além de menos poluente do que um movido a gasolina de aviação, a potência é 7% maior, segundo ele. "É possível carregar mais produtos e voar mais hectares com eficiência operacional mais elevada."
 
 Foto: Mariana Oliveira / G1

Cabine da aeronave agrícola Ipanema, exposta na Agrishow 2009, que custa R$ 642 mil (Foto: Mariana Oliveira / G1)

O Ipanema custa R$ 642 mil na versão a álcool e vem com GPS e ar condicionado. Ele é confeccionado sob encomenda.

A conversão de uma aeronave de gasolina para álcool custa R$ 69 mil.

"A conversão tem custo baixo perto do benefício que se tem em relação ao custo operacional. O álcool é mais barato que a gasolina de aviação. Estudos mostram que o investimento se paga rápido", diz o gerente da Embraer

Fonte:G1 e UOL...

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Formação de pastagem sem o uso de máquinas reduz gastos e preserva o solo

Pesquisa da Emater-MG na Zona da Mata obtem bons resultados sem agredir o meio ambiente
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) está incentivando a formação de pastagem sem o uso de máquinas pesadas, no município de Chácara, na Zona da Mata. No ano passado, foi implantada uma Unidade Demonstrativa na cidade, e os resultados conquistados foram satisfatórios, como a redução de custos e uma pastagem de boa qualidade. 

A unidade tem dois hectares. O preparo do solo e o plantio ocorreram em novembro de 2011. Em fevereiro de 2012, a pastagem já estava totalmente formada. O extensionista da Emater–MG, Luiz Antônio Valente, explica que a técnica é simples. Segundo ele, as sementes de braquiária e o adubo são lançados na área sem a necessidade de revolver o solo. De acordo com Valente, a vegetação do local tem que ser dessecada para não concorrer por água, nutrientes e luminosidade com a pastagem a ser implantada. 

“A vegetação recém-dessecada proporciona um ambiente altamente favorável à germinação das sementes. Ela se decompõe e transforma-se em matéria orgânica, colaborando na nutrição da cultura implantada. O processo não exige nenhuma prática pós-semeio, e, em função da vegetação anterior, as sementes não são arrastadas pela chuva”, diz o extensionista da Emater–MG. 

De acordo ainda com Luiz Valente, a formação de pastagem sem o uso de máquinas custa em torno de 40% da técnica convencional e evita erosões no solo. “Além disso, a produção de massa verde é maior do que no plantio convencional”, afirma Valente. 

A Unidade Demonstrativa foi implantada na propriedade do pecuarista José Aroldo Martins. No local, foram feitas análises de solo, aplicação de calcário como corretivo e, após sessenta dias, aplicação de herbicida. Cinco dias depois da dessecagem da vegetação, as sementes de braquiária misturadas com adubo foram lançadas na área. “Eu nunca tive uma pastagem dessa. Fiz meio que sem acreditar, mas hoje estou vendo o resultado que é muito bom”, disse José Aroldo Martins. 

Segundo o extensionista da Emater–MG, a proposta é incentivar cada vez mais a utilização da técnica entre os produtores. “Essa técnica consiste em preservar o meio ambiente, ou seja, fazer um plantio da braquiária sem degradar o solo. E isso é algo muito positivo para a região”, diz Luiz Valente.